Incêndio de grandes proporções atinge casas em beco da Zona Centro-Sul de Manaus

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as chamas atingiram cerca de 60 casas de madeira. Bombeiros já controlaram o fogo


Quatorze carros, 148 homens do Corpo de Bombeiros e dois carros pipa cedidos pela Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), estiveram no local e contiveram as chamas por volta das 10h (Ney Mendes/ A Crítica)
Um incêndio de grandes proporções atingiu na manhã desta quarta-feira (18), uma vila de casas de madeira, localizada na Rua Boa Sorte, Beco Bragança, Bairro Presidente Vargas, conhecido como Matinha, na Zona Centro-Sul de Manaus.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Antonio Dias, ao menos 60 casas foram destruídas pelas chamas.

Pelo menos 14 carros, 148 homens do Corpo de Bombeiros e dois caminhões pipa cedidos pela Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), estiveram no local e ajudaram na contenção das chamas, por volta das 10h.

Apesar do tumulto causado por moradores que tentavam retirar seus pertences de dentro das casas, o Corpo de Bombeiros não confirmou a existência de feridos ou vítimas fatais.

A dona de casa Josete Miguel, 26, relatou em conversa com a reportagem do portal acritica.com que, ao perceber a gravidade do incêndio, correu para retirar seus filhos de quatro e seis anos de dentro da casa onde moram e que, apesar de não ter sido atingida, estava próxima ao foco das chamas.


Além do forte vento que contribuiu para espalhar as chamas, outros fatores ajudaram a agravar a situação, de acordo com os bombeiros.  A cheia dos rios é um deles, pois o final da rua está alagado, o que dificultou a entrada dos carros do Corpo de Bombeiros. Além disso, o material das casas (madeira) e o desespero da população que, mesmo sendo orientadas a não voltar às suas casas, ainda tentavam salvar seus pertences, também atrapalhou o trabalho dos bombeiros.

Saques

Vinte policiais militares estão no local, para evitar saques às casas próximas ao local do incêndio. Depoimentos dão conta que casas já teriam sido roubadas.




Ajuda

As vítimas do incêndio serão cadastradas por equipes da Secretaria Municipal da Defesa Civil, para o recebimento de assistência social.

Segundo o coronel Ari Renato, os funcionários da secretaria esperam a liberação da área para que as equipes de assistência social comecem seus trabalhos.

“As pessoas que perderam suas casas serão levadas para a Escola Municipal Sergio Alfredo Pessoa Figueiredo, localizada no bairro. E lá será realizada triagem para conhecer as necessidades das vítimas”, disse.

Filme "Os Vingadores"

Para produtor,"Os Vingadores" são como "uma família" que se junta para lutar contra o mal

O produtor Kevin Feige, de "Os Vingadores", ressalta que a "graça" do novo filme está nos personagens e em suas características pessoais, e não nos efeitos especiais. "Em 'Os Vingadores', o que importa são os personagens, não os efeitos especiais. Colocá-los juntos num filme era a graça do projeto", conta Feige, que esteve por trás também de "Thor" (2011), "Capitão América" (2011), "Homem de Ferro" (2008), "Homem de Ferro 2" (2010),  e "O Incrível Hulk" (2008).

No filme dirigido por Joss Whedon, Nick Fury (Samuel L. Jackson) reúne um grupo de super-herois -- Thor (Chris Hemsworth), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Hulk (Mark Ruffalo)-- para salvar a Terra do malvado Loki (Tom Hiddleston) e seu exército. O longa estreia no país em 27 de abril.

O maior desafio do projeto, explica, foi a escolha dos atores. "O maior desafio surgiu há cinco anos, quando pensamos nesse projeto de fazer o longa de cada heroi separadamente para depois juntá-los em 'Os Vingadores'. Não estava interessado em fazer apenas um filme que apresentasse os herois de uma vez. Sabíamos que tínhamos que fazer o filme de cada um deles antes, e que isso seria um processo longo. Agora que estamos completando parte dessa jornada, me sinto feliz por ver onde chegamos."

Feige conta que os idealizadores de "Os Vingadores" sabiam do risco de se juntar os personagens, mas que esse desafio os incentivava, pois os herois são como uma "família": "Muitos pensavam: 'Eles não podem ficar juntos. Se se sentassem numa mesa, o que diriam um para o outro?'. Mas essa é a definição de família, pessoas juntas numa mesa e que, gostando ou não, têm de estar juntas. Amo essa ideia de que eles são como uma família que se junta para lutar contra o mal", diz.

Cada um dos personagens, conta o produtor, teve que se adaptar um pouco para ficar junto dos demais. "Cada um sempre lutou por conta propria, então, aqui, eles tiveram que mudar e se adaptar. Eles tinham que trabalhar juntos; essa é a essência do filme".

Para o produtor, "Os vingadores" não trata apenas de super-herois, mas se aproxima da vida real à medida em que é possível se identificar com os personagens. "O filme é sobre a realização de desejos, sobre se arrepender de algo e mudar. Apesar dos poderes que eles têm e dos efeitos especiais todos, podemos nos identificar pois eles não conseguem resolver tudo na porrada. Na vida real também é assim", diz.

Simulado 2012

Aconteceu hoje em nossa escola, o simulado 2012. A prova serve para avaliar nossos alunos neste primeiro bimestre, buscando melhorar o ensino e ajudar os alunos em suas dificuldades. 

Alunos Suspensos:

6ª Série B: 
Skarlet Gomes Ferreira (13/04, 16/04 e 17/04)


8ª Série B: 
Daniel Nascimento Morais (16/04)
Vitória Massuia Silva (16/04)


1º Ano C: 
Mitiele Cristina Silva (16/04)
Renan Donizete Marques (16/04)

Educação: Escolas não tem local para Educação Física

30% das escolas não têm local para educação física

Uma pesquisa feita pelo Ibope e divulgada nesta quarta-feira mostra que 30% das escolas no Brasil não têm espaço para atividades de educação física. Encomendado pela ONG Atletas pela Cidadania, Instituto Votorantim e Instituto Ayrton Senna, o estudo ouviu professores e diretores de 458 escolas de todo o País. 

As entrevistas foram feitas por telefone e a margem de erro é de cinco pontos percentuais. "O estudo é uma ampla avaliação do ensino da educação física nas escolas de ensino médio e fundamental em todo o Brasil, e servirá como base para futuras ações e propostas das instituições, inclusive em relação à presença do esporte nas escolas", afirmou a ONG em comunicado. 

Segundo a entidade, faltam ações que tornem a educação física mais atraente aos alunos, já que 41% dos professores alegam que o número de faltas na disciplina é elevado e 11 acham que os alunos se interessariam mais se as aulas fossem diversificadas. Além disso, 41% dos entrevistados disseram que não recebem apoio para a formação continuada, diretrizes curriculares e planejamento.

Humor: Para a nossa alegria

 Rir faz bem a saúde

Para nossa alegria se tornou uma grande febre na web, assista e divirta-se.

Entrevista Especial: João Batista da Silva ( Diretor da Escola)

O Diretor João Batista, iniciou sua trajetória em nossa escola no segundo semestre do ano passado, e hoje comanda nossa escola em substituição a Dona Lourdes, antiga Diretora.

Entrevista feita pela 8ª C:

Jornal Cardeal: Como é a sua vida de diretor da escola?
João: Atribulada

Jornal Cardeal: Como é a sua convivência com o grupo escolar?
João: Classifico como boa convivência

Jornal Cardeal: Qual sua formação profissional?
João: Superior Completo em Educação Física e Pedagogia.

Jornal Cardeal: Já pensou em desistir de sua profissão?
João: Direção sim, professor não.

Jornal Cardeal: O Senhor tem filhos?
João: Sim tenho dois.

Jornal Cardeal: Pratica algum esporte?
João: Tento praticar natação e corrida.

Jornal Cardeal: Qual o seu lazer preferido?
João: Ver filmes, futebol e correr.

Jornal Cardeal: O senhor gosta do que faz?
João: Poderia gostar mais.

Jornal Cardeal: Quais as melhorias que você pensa para nossa escola?
João: Buscar uma relação um pouco mais amistosa entre todos.

Jornal Cardeal: Qual sua religião?
João: Seguidor de Cristo.

Jornal Cardeal: Alguém em sua família segue sua profissão?
João: Sim, minha mulher é professora

Jornal Cardeal: Qual o seu time de coração?
João: Palmeiras

Jornal Cardeal: O senhor já foi Diretor em outra escola?
João: Sim, na escola "Professora Dinorah Silveira Borges" em Catanduva

Comunicado: Alunos Suspensos

5ª Série B: LUCAS PEREIRA SILVA ( 10/04)

8ª Série C: LUCAS MICHAEL P. SILVA (09/04 a 13/04)

1º Ano B: MATHEUS H. SANTOS (10/04 a 12/04)

ESPORTES:

Sem rival das quartas definido, Timão espalha espiões pelo Estado

A definição dos confrontos das quartas de final do Campeonato Paulista ocorrerá apenas na última rodada da primeira fase, no próximo final de semana. Como o Corinthians ainda não sabe quem terá pela frente, ou Bragantino ou Ponte Preta, a comissão técnica espalhou seus espiões para ver jogos de ambos.

No sábado, o auxiliar técnico Cleber Xavier foi a Bragança Paulista acompanhar o time da casa diante do Oeste, em partida com goleada de 4 a 1 a favor dos visitantes. Um dia depois, foi a vez de outro assistente espionar: Fábio Carille viu XV de Piracicaba 2 x 1 Ponte Preta.

"A gente está se preparando. Ninguém aqui subestima ninguém. Todos nós estamos nos preparando, porque não adianta ficar pensando lá na frente (depois das quartas de final)", disse o treinador, quando perguntado sobre uma eventual decisão contra o São Paulo. "O que dá para dizer é que os dois construíram campanha. Méritos deles. Méritos nosso".

A definição entre Bragantino, atual sétimo colocado, e Ponte, oitava, está completamente em aberto. A diferença é de um ponto. Ademais, o próprio Corinthians pode alterar sua classificação final na rodada que vem, pois soma os mesmos 43 pontos do líder São Paulo.

O curioso é que o último compromisso corintiano na primeira fase será justamente contra um dos possíveis oponentes das quartas. No próximo domingo, o time do Parque São Jorge visita a Ponte Preta. Conforme os resultados da rodada, o Corinthians pode ter que encarar o time de Campinas de novo nas quartas, mas desta vez como mandante.

Assunção admite superioridade do Bugre e cobra reação imediata

Jogada muito utilizada pelo Palmeiras, os cruzamentos para a área adversária foram muito bem aproveitados pelo Guarani, que se utilizou desse recurso em todos os gols que marcou na vitória por 3 a 1 sobre o Verdão, neste domingo, no Estádio Brinco de Ouro. Para o volante Marcos Assunção, principal cobrar de faltas do time de Palestra Itália, o resultado negativo em Campinas não pode ser contestado.

“Temos que ser honestos. O Guarani foi melhor que a gente e os gols de bola parada foram fundamentais para eles. Temos que nos reencontrar no próximo jogo e voltar a ganhar. Na quarta-feira nós ganhamos e estava tudo bem, então temos que seguir trabalhando forte”, disse Assunção após a partida.

Depois de se manter invicto nas 14 primeiras rodadas do Campeonato Paulista, o Palmeiras caiu de rendimento nos últimos jogos e já sofreu três derrotas no torneio, duas delas nas últimas rodadas, para Mirassol e Guarani. Em contrapartida, o time eliminou o Horizonte-CE com uma vitória por 3 a 1 e garantiu vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Com o revés deste domingo o Palmeiras caiu para a quinta colocação do Campeonato Paulista e permaneceu com 35 pontos, um a menos que o Guarani. Para retomar a quarta colocação, o Verdão terá que vencer o Comercial e ainda torcer para que o Bugre não derrote o Botafogo-SP na última rodada.

Lucas acha que São Paulo tem obrigação de assegurar a ponta

São Paulo e Corinthians encerram a penúltima rodada da primeira fase com 43 pontos, dividindo a liderança do Campeonato Paulista. Empolgado com a boa fase do Tricolor, que leva vantagem no saldo de gols, Lucas acha que o time tem obrigação de assegurar o topo no fim de semana que vem.

"Nossa obrigação é terminar em primeiro depois de uma bela campanha. São dez vitórias seguidas (na temporada), tem que fazer valer, ir lá contra o Linense e manter a liderança para fazer as finais no Morumbi", disse o camisa 7, lembrando que os comandados de Emerson Leão visitam a equipe de Lins, enquanto o Timão joga contra a Ponte Preta, em Campinas.

As duas equipes enfrentarão maratonas nesta semana. O Corinthians joga na quarta-feira contra o paraguaio Nacional, em Ciudad del Este, pela penúltima rodada da fase de grupos da Libertadores. No mesmo dia, o São Paulo visita o Bahia de Feira de Santana pelo jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil.

"Vai ser cansativo, muita viagem, treinamento... É uma maratona, mas temos que aproveitar o tempo livre para descansar", receitou Lucas, preocupado com a série de lesões que vem atrapalhando a equipe do Morumbi: Rogério Ceni, Wellington, Cañete e Edson Silva estão vetados pelo departamento médico; Fabrício e Paulo Miranda passarão por exames e têm poucas chances de jogar; e Denilson tenta se recuperar de uma gripe.

"Infelizmente são coisas que acontecem no futebol, acidentes de trabalho. Temos que estar preparados. Temos peça de reposição e quem entrar vai dar conta do recado", emendou Lucas, ciente de que Rhodolfo e João Filipe são os únicos zagueiros disponíveis no momento. "Tem que saber dosar no treino, pegar mais leve, senão o corpo não aguenta e nós só temos os dois".

Vergonha: O "Fim" anunciado das principais equipes de Rio Preto

América e Rio Preto foram rebaixados para a Série A3 do Campeonato Paulista. Na última rodada, disputada na manhã deste domingo, o Jacaré foi goleado pelo Velo Clube, por 4 a 0, em casa, e o Rubro foi à Monte Azul, empatou em 1 a 1 e terminou na lanterna, como o pior time da competição. 

O rebaixamento do América não poderia ser pior. O Rubro deu adeus a Série A-2 do Campeonato Paulista com uma pífia campanha. Em 19 jogos, o time fez 17 pontos, conquistou quatro vitórias, cinco empates e dez derrotas. Foi o que menos venceu no campeonato. 

Nem mesmo a vitória salvaria o América, que contou com o investidor Dimas Macedo e montou um time em busca do acesso à Série A-1. O Rubro também dependia de derrotas da Santacruzense e Santo André. Com essa queda, a segunda do clube na gestão do presidente Alcides Zanirato, essa semana será decisiva para o futuro americano. Macedo ainda não garantiu se continuará no clube ou não. Com Zanirato na presidência, o América já havia sido rebaixado no Campeonato Paulista da Série A-1 em 2007. 

Precisando vencer e ainda torcer por uma enorme combinação de resultados, o América não conseguiu fazer nem sua parte. Os gols saíram no segundo tempo. Vagninho marcou para o Monte Azul e Rafael Martins empatou para o Diabo.

Vexame

Já no estádio Anísio Haddad, a combinação de resultados até foi favorável, com as derrotas do Palmeiras B e São Carlos, mas o Rio Preto foi humilhado perante seus torcedores e levou de quatro do time de Rio Claro. Todos os gols foram anotados por Alex Cambalhota. O time terminou na décima oitava posição, com 18 pontos em 19 jogos. Além da dupla rio-pretense, também foram rebaixados o União São João e Palmeiras B.

O Jacaré poderia abrir o placar logo no começo. Aos cinco minutos, por exemplo, o atacante Jô, sozinho na cara do gol, pegou mal na bola, recuando para o goleiro. Enquanto isso, o Velo Clube na sua primeira descida chegou ao gol, com Alex Cambalhota, aos seis minutos de partida.

Em uma falha bisonha, Lila jogou fora a chance do empate. Não bastasse a falta de capricho dos esmeraldinos nas finalizações, a defesa não era nada segura. Alex Cambalhota, fez o que quis com o Jacaré. Foi ele também quem anotou os outros três gols, e todos com facilidade e semelhantes, recebendo livre dentro da área. Não à toa, a zaga rio-pretense terminou como a segunda pior da Série A-2, com 34 gols sofridos em 19 jogos.

Para o segundo tempo, quando já perdia por 2 a 0, o técnico Play Freitas colocou Felipe de Paula no lugar volante Thiago Campos, porém, o Jacaré seguiu com os mesmos vacilos. A despedida do Jacaré da Série A-2 ficou ainda mais melancólica, após o terceiro gol do Velo Clube, quando a própria torcida esmeraldina passou a gritar olé a cada toque de bola do time visitante.

No final, os torcedores pediram a saída do presidente Vergílio Dalla Pria Netto, que ficou por quase meia hora sentado no banco de reservas chorando. Com apenas 18 pontos, o Jacaré terminou como 18º colocado, com cinco vitórias, três empates e 11 derrotas.

Avaliação do Estado reprova 16 escolas

Das 27 escolas estaduais de Rio Preto com ensino médio, 16 não atingiram as metas em língua portuguesa e matemática previstas para 2011. Pior: das 16, dez instituições regrediram em relação ao ano anterior no mesmo ciclo.

Os dados são do Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), do governo estadual. Dos três ciclos do ensino (1º a 5º ano e 6º a 9º ano do fundamental e 1º a 3º ano do médio), o ciclo final teve o pior desempenho no município (veja quadro nesta página).

“É trágico saber que as escolas não conseguem avançar, ou mesmo regridem, no conhecimento transmitido a alunos prestes a ingressar em uma faculdade”, diz Maria Izabel Azevedo Noronha, especialista em políticas educacionais e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE). “O resultado são cidadãos pela metade, que saem da escola sem saber interpretar textos nem fazer contas simples de aritmética.”

Entre as instituições que não cumpriram a meta para 2011, os mais baixos índices foram das escolas Octacílio Alves de Almeida, no bairro São José do Rio Preto 1 (1,33) e Yvete Gabriel Atique, no Eldorado (1,36). A primeira aumentou seu índice em relação a 2010, o que não ocorreu com a Yvete, cujo índice caiu de 1,45 para 1,36.

“Tento levar os estudos a sério, mas não tenho nenhum tipo de incentivo por parte da escola”, diz N.S., 17 anos, aluno do último ano do ensino médio da Yvete. “Os professores faltam, muitas vezes estão cansados de dar aula o dia inteiro e não tem a mesma disposição das aulas de manhã”, diz G. P. S., 17 anos.

“Tenho medo de não conseguir ingressar na faculdade,por não ter base necessária de ensino”, afirma M. A. C., 18 anos. Procurada, nem a direção da Octacílio nem da Yvete quiseram se pronunciar sobre o assunto. Maria Izabel atribui o mau resultado ao sistema de progressão continuada, em que o aluno só é retido de série ao final de cada um dos três ciclos, e à falta de comunicação entre o Estado e as prefeituras.

“Com a municipalização do ensino fundamental, houve uma fragmentação pedagógica grave. Quando o aluno sai de uma escola municipal e entra na estadual, sofre um grande descompasso no sistema de ensino”, afirma. Para a especialista, a educação na rede pública só avança se a escola se tornar atrativa para o jovem.

“Esse é um caminho longo, mas possível. Basta traçar planos pedagógicos concatenados e investir na formação e no ganho salarial do professor.”Procurada, a diretora regional de ensino, Maria Silvia Nakaoski, não quis se pronunciar sobre o caso. A assessoria da Secretaria de Estado da Educação informou por meio de nota que, para avaliar os motivos para o baixo desempenho das escolas rio-pretenses no ensino médio, seria necessário fazer “uma análise minuciosa e aprofundada”.

“De todo modo, quaisquer que sejam os fatores relacionados às oscilações apontadas, o avanço dos dados globais do Idesp mostram que a educação do Estado de São Paulo está no caminho da melhoria da qualidade”, conclui a nota.

Avaliação constante

Na escola Monsenhor Gonçalves, bairro Boa Vista, mudanças pedagógicas simples e combate à evasão resultaram no melhor desempenho no último ano do ciclo médio em Rio Preto em 2011: 3,4. Há dois anos a direção da Monsenhor implantou um sistema de avaliação bimestral dividido em três áreas: códigos de linguagem, ciências humanas e ciências da natureza.

“Com isso, temos uma avaliação precisa das competências e habilidades de cada aluno”, diz a vice-diretora Elenira Franzotti. O colégio também criou um projeto de leitura semanal em sala de aula, além de um rígido controle de faltas para evitar evasão. “Faltas sucessivas quebram o fluxo escolar do aluno. Por isso contatamos os pais quando um aluno começa a faltar sucessivamente”, afirma Elenira.

9º ano

No 9º ano do ciclo fundamental, o desempenho das escolas estaduais rio-pretenses é melhor. Das 29 escolas que oferecem esse ciclo, 12 não cumpriram as metas para 2011. Nesse ciclo, o melhor desempenho foi da escola Pio X, no bairro Santa Cruz, com 4,38.

Mesmo assim, o colégio não atingiu a meta para o ano, que era de 4,46. Das que não cumpriram a meta, o pior desempenho foi, novamente, da Octacílio Alves de Almeida. Das seis escolas do Estado que oferecem o primeiro ciclo do fundamental (1º ao 5º ano), apenas duas cumpriram a meta para o último ano.

Índice se baseia no Saresp

Criado em 2007, o Idesp é um índice produzido a partir do desempenho dos alunos no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar (Saresp) e do fluxo escolar, cálculo do tempo que o estudante leva para aprender os conteúdos exigidos em língua portuguesa e matemática dentro dos três ciclos de ensino. A rede estadual trabalha com o conceito de progressão continuada, em que o aluno só regride de ano no final de cada ciclo.

Os alunos do último ano de cada ciclo da rede estadual são avaliados anualmente, e cada escola tem um índice e uma meta para o ano. Desde 2009, se a escola cumpre a meta, todos os servidores da instituição recebem bonificação salarial, que pode chegar a 2,9 salários extras, conforme a frequência do funcionário - para receber o bônus, o servidor precisa ter trabalhado na rede por, pelo menos, dois terços do ano. Pelo Idesp, até 2030 as escolas paulistas precisam atingir índice 7 no 5º ano do ensino fundamental, 6 no 9º ano e 5 no último ano do ensino médio.